Quando surge uma lesão sem uma causa aparentemente notável, é necessário fazer um exame para um estudo mais aprofundado. Como muitas patologias cutâneas costumam ter as mesmas características, um procedimento para análise da pele do paciente é a melhor forma de identificá-las. Um dos mais conhecidos e usados pelos especialistas é a biópsia da pele.
No entanto, ao não entender sua necessidade e funcionamento, é comum que alguns pacientes fiquem preocupados antes do procedimento. Neste post, vou esclarecer dúvidas sobre o que é biópsia de pele, quais os tipos mais usados pelos médicos e cuidados pós-exame que você deve ter. Continue a leitura:
O que é biópsia da pele?
É a retirada de um pequeno pedaço de pele (após assepsia e com anestesia local) para análise no microscópio. Esse fragmento é colocado em um recipiente com formol e enviado para o laboratório. O exame serve para diagnosticar doenças como câncer de pele, infecções, rosácea e outras patologias cutâneas, ou para a remoção da área lesionada. O procedimento pode deixar uma discreta cicatriz.
Além de identificar doenças cutâneas, a biópsia da pele também serve para que o dermatologista saiba como a patologia identificada está reagindo nas camadas subcutâneas. No entanto, pode acontecer de o exame não ser conclusivo.
O resultado normalmente é entregue em duas semanas.
Quais são os tipos de biópsia de pele?
A biópsia cutânea pode ser feita de várias formas. Veja:
Shaving
Usando uma navalha, o médico retira uma fina camada de pele de cima da lesão. Esse tipo de biópsia é ideal para estudar patologias cutâneas superficiais. Apesar disso, a camada retirada pode ser mais extensa que a feita pelo punch.
O shaving não é indicado para lesões mais profundas, não precisa de sutura e costuma cicatrizar rapidamente.
Punch
O punch é um instrumento cilíndrico que remove um fragmento circular com todas as camadas da lesão. Quando rotacionado na pele, pode chegar até a gordura subcutânea. Apesar de possibilitar uma retirada mais profunda, ele deixa uma ferida pequena que pode ou ser suturada, dependendo do diâmetro do cilindro.
Curetagem
Nesse tipo de biópsia, a cureta “raspa” a camada cutânea lesionada. Da mesma forma que o shaving, ela não permite uma análise mais profunda da derme. Sua cicatrização é rápida e não precisa de sutura. Dependendo do nível, ou seja, da superficialidade da patologia, o exame pode ser curativo, principalmente quando associado a outro procedimento.
Excisão
Feita com bisturi, é ideal para lesões profundas (tanto benignas quanto malignas) e que exigem uma grande retirada de tecido, como a remoção de um tumor cutâneo. No entanto, a área com a patologia deve ser bem delimitada.
Ela pode ser fechada de forma simples, aproximando as bordas da pele, com enxerto ou deslocando a pele de uma área próxima. Há incisões pequenas que não precisam de pontos e cicatrizam com o passar dos dias.
A biópsia da pele é um procedimento seguro, necessário para identificação e análise de patologias cutâneas e de cicatrização rápida. Se você apresenta lesões na sua pele e não sabe o que está acontecendo, procure por um profissional de credibilidade e converse sobre a possibilidade desse exame. Se após o procedimento aparecerem sangramentos ininterruptos, ou sinais de infecção, procure pelo médico responsável.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião plástico em São Paulo!