A orelha é uma parte do corpo que apresenta características anatômicas bastante complexas. Esse fator é decorrente das elevações e depressões que conferem o seu formato natural.
Os principais componentes superficiais do órgão são: hélix (curvatura mais externa e maior), anti-hélix (elevação interna que se divide em cruz superior e cruz inferior), escafa (que é a fossa entre a hélix e a anti-hélix).
Se houver algum problema em qualquer uma dessas áreas, por vezes, a solução passa por uma reconstrução de orelha. Para entender melhor como funciona o procedimento, continue com a leitura do artigo.
As indicações para a cirurgia de reconstrução de orelha
A operação para reconstruir a orelha tem uma série de possíveis indicações. Uma intervenção pode ser necessária em caso de defeitos congênitos, ou seja, que surgem durante a formação do órgão ou quando uma orelha inicialmente normal sofre algum trauma. No último cenário, busca-se corrigir a deformidade e retomar o aspecto original da região.
Em geral, as técnicas recentes de reconstrução completa envolvem em média duas intervenções programadas conforme a demanda do quadro. Recomenda-se um intervalo de no mínimo seis meses entre a primeira e a segunda fase do processo. A operação é efetuada em hospital, e requer anestesia geral ou local com sedação.
Quando o objetivo é apenas restaurar o terço inferior da orelha – o lóbulo –, o tratamento é, normalmente, efetuado na própria clínica, com anestesia local.
Cuidados durante o pré e pós-operatório
Antes de se submeter à abordagem mais invasiva, o paciente fará uma bateria de exames físicos e laboratoriais para avaliar o seu estado de saúde. Se os testes indicarem alguma alteração, é possível que o procedimento na orelha seja adiada para garantir a segurança do indivíduo.
O pós-operatório não costuma ser muito doloroso, entretanto, algumas pessoas podem sentir um desconforto no tórax, se esse local for utilizado para doar a cartilagem usada na reconstrução. No entanto, as eventuais dores são facilmente solucionadas com a administração de analgésicos orais e anti-inflamatórios prescritos pelo médico. É rara a necessidade de utilizar analgésicos mais fortes.
Na orelha, utiliza-se fios de nylon para a sutura. Já os pontos no tórax são realizados com fios absorvíveis, dispensando a remoção. As atividades de rotina são retomadas depois de 14 dias, e a prática de esportes é liberada após um mês.
O bom resultado final da cirurgia de reconstrução de orelha está relacionado a um número de variáveis. Além de uma execução correta da intervenção, os cuidados pós-operatórios são imprescindíveis para um efeito satisfatório.
Em via de regra, quem nasce com malformação na orelha tende a ter uma resposta melhor, pois a pele virgem de cirurgias apresenta qualidade superior. A partir do quarto mês da 2º fase, a orelha chega ao resultado definitivo, e certos retoques podem ser feitos para amenizar cicatrizes e ajustar contornos.
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