Diástase abdominal é o pesadelo da mulher grávida. Isso porque a condição tem consequências bem desagradáveis para a futura mamãe. Mas, não são apenas as mulheres que sofrem com esse problema. O acúmulo rápido de gordura corporal, levantamento de peso excessivo e exercícios abdominais intensos podem entendê-lo também para os homens e mulheres que não estão grávidas.
O impacto da diástase na musculatura abdominal causa incontinência urinária, complicações no trânsito intestinal, dor nas costas e aquela barriguinha saliente difícil de perder.
Apesar de existir tratamento para reverter a situação, o mais indicado a se fazer é prevenir o problema, principalmente no caso das gestações, que são as causas mais frequente da diástase. Para isso, é necessário entender do que se trata essa condição. Acompanhe o artigo, aqui explicarei melhor sobre o assunto e vou ensinar algumas formas de prevenção!
O que é diástase e como ela ocorre
Durante a gravidez, os músculos do abdome sofrem uma distensão para acomodar o útero que aumenta significativamente de tamanho à medida que o bebê vai crescendo. Isso ocorre porque ao sair da cavidade pélvica para a cavidade abdominal, o útero começa a pressionar toda a parede do abdome, provocando uma rachadura em seu centro. É como se dividisse o músculo em duas metades.
Além da pressão exercida pelo útero, a musculatura ainda sofre ação dos hormônios nos tecidos conectivos, responsáveis por manter o músculo unido.
O estiramento muscular acontece por volta do 2° trimestre da gestação e tem maior incidência no último mês de gravidez e no pós-parto.
Até 3 cm, a diástase pode ser considerada fisiológica. Contudo, o afastamento entre os músculos pode chegar a 15 cm.
A diástase também está relacionada ao aumento da pressão intra-abdominal provocado por excesso de peso e flacidez dos tecidos.
Como prevenir o problema?
Atividades físicas durante a gestação são uma boa arma contra a diástase. Entretanto, é necessário ter cautela. O programa adequado de exercícios é essencial para não favorecer ainda mais o surgimento do problema. É comum a confusão nesse momento. Muitas mulheres acham que quanto mais intenso o treino for, mais protegida elas estão. Isso é um mito, pois os exercícios de alto impacto como agachamentos com peso e abdominais não são recomendados nessa fase.
Outro mito é referente ao uso de cintas elásticas após o parto. A função das cintas não ajuda a musculatura voltar para o lugar. Elas são mais indicadas nos casos cirúrgicos para auxiliar na cicatrização e recuperação do tecido muscular após o processo.
Uma boa dica é evitar o ganho o de peso excessivo, fazer uma dieta equilibrada, evitar saltos altos e manter uma boa postura no dia a dia. O Pilates é uma boa opção para trabalhar a musculatura abdominal e prevenir o estiramento, tanto antes da gestação quanto durante.
Estou com diástase abdominal, e agora?
Mesmo com toda a prevenção, é possível que a musculatura abdominal não suporte a pressão e sofra uma lesão. Se a diástase for de até 3 cm, o músculo consegue se regenerar sozinho. De 3 a 5 cm, realizar exercícios físicos acompanhados pelo profissional é eficazes. À partir dos 5 cm, é recomendado um procedimento cirúrgico chamado abdominoplastia.
O ideal é aguardar pelo menos 6 meses após o parto para que a mulher volte ao seu peso ideal. Assim, o risco da flacidez reaparecer é menor. Além disso, após essa data o período de amamentação já se cumpriu.
A diástase abdominal precisa ser avaliada pelo cirurgião plástico para que a técnica seja indicada corretamente. Antes da cirurgia, tire todas as suas dúvidas e alinhe suas expectativas com o seu médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião plástico em São Paulo!