Quando um paciente tem um queloide, é natural que tenha receio de fazer uma cirurgia plástica e a cicatrização não ficar como deveria. Mesmo com todas as tecnologias, qualificação e experiência médica, o queloide é de difícil controle e requer cuidados especiais para ser evitado.
Felizmente, nem todas as cicatrizes feias são queloides. Muitas são reações aos procedimentos cirúrgicos e alergias, deixando marcas que vão sendo amenizadas com o tempo.
Antes de uma cirurgia, o médico avaliará o risco de queloide, inicialmente pelo seu histórico pessoal e familiar, tipo racial e estrutura da pele. Os períodos pré e pós-cirúrgicos são fundamentais para evitar ou amenizar os seus efeitos.
Como surge o queloide
O maior receio dos pacientes que farão uma cirurgia plástica é se correm o risco de ter um queloide. A questão é sempre levantada nos consultórios médicos, pois, caso ela aconteça, pode alterar tudo que foi feito no procedimento e deixar uma marca completamente indesejável.
O queloide é uma cicatriz grossa, avermelhada, em alto relevo. Pode surgir em pessoas de todos os gêneros, idades e raças, mas a preponderância é de negros, asiáticos e seus descendentes.
Mas a maioria das cicatrizes que ficaram com aspecto feio não são queloides. Há inúmeras situações que influenciam essa cicatrização, sendo inerentes ao paciente, no período intra e pós-operatório.
Quando há riscos de queloide, o cirurgião pode mudar o local onde realizará a incisão, sempre mais próximo possível ao osso, para evitar a pressão natural do peso da pele. Após a cirurgia, é possível colocar bandanas elásticas ou fitas adesivas para comprimir a cicatriz e evitar que haja produção excessiva de colágeno.
Fatores relevantes para uma boa cicatrização
A genética é preponderante quando se trata de um fator vindo do paciente. Há casos de ótima cicatrização mesmo em situações ruins e há os que evoluem negativamente, apesar de todos os cuidados.
A alimentação também reflete muito numa boa cicatrização. Ela precisa ter vitaminas A, B, C, junto com minerais como ácido fólico, cobre, ferro e zinco. Pessoas com doenças relativas à falta de nutrientes, como a anemia, podem ter a cicatrização comprometida. A diabetes, obesidade, distúrbios de coagulação e do colágeno também influenciam negativamente.
O pós-operatório também é de responsabilidade do paciente. É preciso se comprometer a passar por todas as etapas cronológicas indicadas pelo médico, respeitando suas limitações. A tensão na cicatriz, movimentos bruscos e esticamento podem danificá-la.
Outros fatores muito comuns são o sangramento pelo esforço físico, a infecção pela falta de cuidados na higiene e o uso de medicamentos sem prescrição médica, que podem comprometer o processo de recuperação e a estrutura da pele.
Quando a responsabilidade é do cirurgião durante a operação, a sua técnica apurada é relevante, assim como os métodos a serem utilizados, como os fios, a assepsia, a tensão realizada na cicatriz, como lidar com os sangramentos intra-operatórios, etc.
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