Queloide

Queloide pós-cirurgia plástica: devo me preocupar?

Um medo que deixa muitos pacientes com o pé atrás na hora de fazer alguma cirurgia, principalmente quando é relacionada à parte estética, é de desenvolver queloide após o processo. Hoje falarei sobre como funciona o desenvolvimento de queloide e também como evitar esse problema, para que ele não seja mais uma preocupação.

O queloide

O primeiro passo a que devemos nos atentar numa cicatriz pós-cirúrgica é se foi desenvolvido queloide ou se é apenas uma cicatriz hipertrófica. Ambos são muito parecidos em sua composição. Eles crescem acima do comum, ficam avermelhados, causam muita coceira e também doem. A principal diferença entre a cicatriz hipertrófica e o queloide é que a primeira ficará restrita à área em que foi feita a cicatriz. Ou seja, se a cicatriz tiver cinco centímetros de extensão, esse será o tamanho da sua forma hipertrófica. Outra diferença é que a cicatriz hipertrófica voltará ao seu estado normal dentro de alguns meses, ficando aplainada e com coloração natural.

Para o caso de cicatriz hipertrófica, pode ser feito um procedimento pelo qual a cicatriz é refeita por meio de cirurgia. Outra opção que pode ajudar no processo de cicatrização é uma série de medicamentos em forma de creme injetável , evitando o desenvolvimento da hipertrofia cicatricial.

Já o caso do queloide é um pouco mais sério, havendo uma série de procedimentos que vão tentar impedir o surgimento ou mesmo tratar problema caso apareça.

Como prevenir o queloide  

Antes de tudo, é preciso avaliar se você já não possui algum queloide em seu corpo. Esse será o primeiro sinal de alerta que o cirurgião levará em conta na hora de conhecer sua condição. Outro fator relevante para o médico é se há casos de queloide em familiares. Pessoas com casos na família têm mais chance de desenvolver queloide.

Um terceiro fator que tem sido apontado como potencial risco para o aparecimento de queloides é a etnia do paciente. As raças de origem africana ou asiática têm maior propensão ao surgimento de queloide.  

Então se eu não sou negro ou asiático, não tenho familiar com caso de queloide e também não tive problema de cicatrização estou livre de riscos? Não exatamente. A medicina ainda não conseguiu decifrar o motivo do aparecimento do queloide, por isso, ninguém está ileso de ser acometido por ele.

Porém, se você se encaixa em algum dos três fatores acima citados, o cuidado com a cicatrização após uma cirurgia deve ser redobrado. Cremes e adesivos de corticoide podem ajudar a evitar o desenvolvimento de queloide.

 

Como tratar o queloide



Caso já tenha ocorrido o aparecimento de queloide em seu corpo, há tratamentos disponíveis. Os mais eficazes são injeções de corticoide, o uso de laser na região, a tentativa de refazer a cicatrização e até mesmo o uso de radioterapia específica para a pele, como a betaterapia. O melhor tratamento que há é a incisão cirúrgica no queloide acompanhada de sessões de betaterapia, que produzem excelentes resultados em um tempo razoável de tratamento.

Procure um cirurgião plástico competente e experiente para que sua experiência cirúrgica seja tranquila e sem sustos.  

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião plástico em São Paulo.

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Posted by Dr. Rodolfo Oliveira