Sabe o que é simastia? Esse é um problema que tanto pode ser congênito como adquirido após uma mamoplastia de aumento.
Veja neste post o que é simastia natural, quando ocorre pós-mamoplastia e o que pode ser feito para evitá-la ou corrigi-la.
Simastia: o que é?
A simastia congênita é quando a mulher nasce com uma espécie de ponte de tecido na linha média que une os seios, ou seja, não tem aquele espaço típico entre as mamas. O problema só será percebido quando as mamas começam a se desenvolver.
Pode ser uma simastia leve e bem discreta na versão congênita com a qual as mulheres convivem sem grandes transtornos. O problema também não ocorre por herança genética.
Esse problema também pode ser adquirido após a cirurgia de implante de silicone, seja uma mamoplastia de aumento ou uma mastopexia com prótese, especialmente quando há um mau posicionamento medial das próteses.
A simastia das mamas pode ser dividida entre bicapsular, quando as próteses estão alojadas em espaços diferentes; ou monocapsular, quando os implantes se encontram no meio das mamas.
Quais as causas da simastia?
O problema da simastia pode ser ocasionado naturalmente quando as mamas da mulher são muito grandes (mamas hipertróficas).
Já a simastia pós-mamoplastia pode ocorrer devido alguns fatores:
Tórax não é compatível com a prótese
Esse é um problema que os cirurgiões tentam evitar já na consulta, quando explicam às mulheres que nem sempre é possível colocar uma prótese do tamanho desejado por elas.
Quando o objetivo da paciente é colocar implantes grandes com volume e diâmetro que não são compatíveis com a largura do próprio tórax, mesmo contra a orientação do médico, pode ficar sujeita à possibilidade de ocorrer a simastia.
As mamas muito volumosas podem se deslocar para o centro do tórax e ocasionar uma união entre as mamas.
Complicações após a cirurgia
Quando as orientações pós-operatórias do cirurgião plástico não são seguidas pela paciente, como não carregar pesos ou não fazer movimentos bruscos com os braços, ela pode sofrer ainda mais inchaços e hematomas do que o normal, ocasionando inflamações, o que poderá causar a simastia.
Traumatismos e rejeições
Traumatismos e hematomas também podem ocasionar a contratura capsular, que pode empurrar e deslocar as próteses.
Nem sempre será uma imperícia médica ou falta de cuidados da paciente. Em muitos casos em que houve simastia, a paciente sofreu um acidente, ficando sujeitas a impactos significativos, e a prótese se deslocou. São situações que fogem a qualquer controle.
No entanto, algumas complicações também podem surgir devido a uma rejeição do próprio organismo da paciente.
Inabilidade do cirurgião
A simastia pós-mamoplastia também pode ocorrer devido a uma imperícia do cirurgião que, por exemplo, pode ter realizado uma dissecção excessiva da loja do implante rumo ao esterno.
Exatamente para evitar problemas dessa natureza é que a orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é que as pacientes sempre busquem cirurgiões plásticos que inspirem confiança, tenham expertise e sejam filiados à instituição.
Simastia antes e depois: é possível evitar?
Não é possível saber como evitar a simastia congênita que, como o próprio nome já sugere, nasce com a mulher. O que é possível é realizar uma cirurgia de correção, de acordo com os graus de simastia.
Já na simastia adquirida, algumas medidas servem para evitar. Antes de fazer a cirurgia, é preciso escolher cirurgiões experientes e ouvir o aconselhamento médico no que se refere ao tamanho das próteses.
Por isso, é tão importante fazer uma avaliação pré-operatória detalhada, na qual o cirurgião irá identificar a possibilidade da ocorrência da simastia de acordo com o tamanho da prótese. Para isso, ele fará uma investigação a partir da própria anatomia da paciente.
No processo pós-operatório é preciso realizar curativos indicados pelo médico, além de seguir as recomendações médicas, inclusive, fazendo uso do sutiã especial pós-cirúrgico, inclusive, há um sutiã para simastia.
Simastia: tratamento é cirúrgico
Para corrigir essa perda do sulco intermamário deve ser realizada com uma cirurgia plástica, que não é de simples execução e deve ser realizada com um médico especialista em simastia.
Quando a simastia está em grau leve e moderado, muitas vezes pode ser melhor não buscar uma correção com cirurgia plástica, porque o resultado também pode não ser melhor do ponto de vista estético do que a própria simastia.
No entanto, quando a deformidade é grave, fica muito evidente e incomoda a paciente, podendo ocasionar problemas psicológicos e de qualidade de vida, existem algumas técnicas cirúrgicas que promovem a correção de simastia:
- Troca do implante: quando a simastia ocorreu devido ao tamanho excessivo da prótese, é preciso trocar o implante para promover a correção do problema.
- Capsulorrafia interna: essa técnica consiste na costura interna da prótese, para promover um novo desenho do seio.
- Capsulectomia medial extensa: é retirada uma fração da prótese com contratura na região externa e central do peito.
- Ressecção do tecido com lifting reverso: para casos de simastia congênita, também é possível realizar a ressecção do tecido frouxo entre as mamas associada a um lifting reverso, para proporcionar melhor ancoramento do seio.
Embora costumem ser realizadas incisões nas mesmas cicatrizes anteriores, as cirurgias para correção da simastia são bastante delicadas e complexas, por isso, o ideal mesmo é tentar não causar motivações que levem a essa condição.
Além disso, os cuidados pós-operatórios precisam ser seguidos com ainda mais rigor. A recuperação será em torno de um mês.
Conclusão
Quando as mulheres querem fazer uma cirurgia plástica, de nada adianta tentar seguir o mesmo padrão de famosas ou até de suas amigas. Cada corpo é diferente, suporta próteses de volumes e perfis diferentes, e não adianta querer o mesmo resultado.
O cirurgião, com sua experiência, vai dizer até que ponto o sonho da paciente de ter seios volumosos e empinados pode impactar a sua saúde. Vai dar todos os argumentos para evitar a simastia adquirida . Portanto, ouvi-lo é sempre uma boa medida.